Nesta
semana aconteceu o primeiro debate em rede de televisão aberta com os
candidatos à presidência da República. Nele, nada de novo aconteceu. O que se
viu foi a repetição dos mesmas ideias e opiniões já apresentadas durante o
horário eleitoral obrigatório, e em todos os casos se percebe que falta algo a
mais, deixando um gostinho de “quero mais” na boca da população. Não a toa que
essa vontade acaba se transformando em desânimo com a política e os políticos,
já que nenhuma alternativa apresenta algo que já não tenha sido visto e provado
como incapaz de atender as expectativas de todos.
Ora,
se somos capazes de perceber que as opções postas não dão conta de satisfazer
nossos problemas, estamos a um passo de conseguir criar uma resposta que tente,
pelo menos, sair do marasmo criado por essa prática política. E esse passo já
foi dado com a candidatura de Mauro Iasi e Sofia Manzano pelo PCB.
Mas
qual é, então, o motivo da candidatura do PCB não estar presente no debate? Até
parece que essa candidatura não existe...
Bom,
sabemos que a democracia pressupõe o governo de todos, em que sejam garantidas
as condições mais igualitárias possíveis dentro da disputa política. Pelo menos
isso é o que nos é ensinado desde a escola e também se repete em toda eleição.
Pois bem, o modelo de democracia que existe de fato pressupõe, na verdade, que
o poder econômico dite o tom das discussões políticas. O financiamento dos
grandes grupos empresariais direciona ao público os candidatos que mais lhes
agradam, que tem maiores chances de garantir seus interesses, não considerando
as vontades da população que não tem poder econômico suficiente para fazer
valer sua voz tanto quanto nesse processo.
Diante
dessa situação em que o dinheiro acumulado pelos mais ricos comanda as
discussões políticas, as redes de televisão acabam manipulando e fechando seus
espaços aos candidatos que não agradam a esses setores. Assim, os partidos que,
como o PCB, possuem uma posição diferenciada daquela que todos estão cansados
de ver e ouvir, são deixados de lado e dificilmente terão condições de expor
suas ideias e seu projeto.
Mas,
o que há diferente, então, na candidatura do PCB se comparada a dos outros
partidos?
A
característica principal das propostas comunistas não pode fugir da necessidade
de rompimento com a lógica que comanda a vida de todos atualmente, em que as
coisas produzidas pelas pessoas com o seu próprio esforço sejam consideradas
mais importantes do que a vida que as produzem. A solução para os problemas de
nossas vidas não pode passar pela oferta de bens e serviços enquanto
mercadorias. Educação, saúde, moradia e transporte são condições básicas para
que se possa viver, e o Estado, instituição que pretenderia zelar pelo público,
deve oferecê-los de maneira gratuita e universal.
Mas
para que isso possa acontecer é necessário criar condições econômicas favoráveis.
É necessário que
aconteça uma maior redistribuição da riqueza produzida pela sociedade como um
todo, que desde sempre se acumula na mão de poucas famílias através da
imposição da iniciativa privada sobre a gestão pública. Nesse sentido apontamos
para a reversão das privatizações que vem ocorrendo no Brasil desde a década de
1990, colocando sob controle do interesse vital dos trabalhadores setores
estratégicos da economia, como a produção e distribuição de energia e a mineração.
O controle baseado no
interesse vital dos trabalhadores não é outro senão a democracia. Nos
costumamos a pensar que democracia é uma forma de regime político em que
escolhe um representante a cada mandato para cumprir nossos interesses.
Acreditamos que passar o exercício de nossa vontade para outra pessoa seja algo
democrático. Afinal, a democracia representativa para se sustentar no Brasil
sempre necessitou, por parte dos diversos interesses dos políticos que assumem
os mandatos, negociar. Perde-se o sentido original da representação e a
política se torna, aos poucos, um exercício de administração de intrigas e
conchavos. Ao final, os interesses que se fazem valer são os daqueles que financiam
as campanhas ou daqueles que exigem um preço em nome da “governabilidade”. Assim,
a proposta do partido é radicalizar a democracia direta por meio do Poder
Popular.
Se
você busca uma alternativa que busque transformar radicalmente seu cotidiano,
confira o programa completo da candidatura e outras informações na página www.mauroiasi.com.br. Se você concorda
com ele, divulgue!
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