Documentário
de Silvio Tendler que reúne material elaborado por ele desde os anos 60. Nesse
período, Tendler tenta traçar uma linha entre as movimentações estudantis do
maio de 68 por todo mundo até a reeleição de Lula, alternando entre as
esperanças das diversas utopias de esquerda que eclodiram nesse meio tempo e
das barbáries que se manifestaram de maneira concomitante. Belo documentário!
quarta-feira, 11 de junho de 2014
terça-feira, 10 de junho de 2014
A importante experiência do MST
Hoje
para falar de experiência de poder popular, o blog vai atrás daquele que é o
mais importante movimento social organizado do Brasil, o Movimento dostrabalhadores rurais sem terra (MST). Em seus mais de 30 anos de existência, o
MST não deixou de lutar pela reforma agrária no país, nem nos momentos de maior
refluxo da esquerda no país (nos anos de 1990).
Ao contrário, em um momento onde a
esquerda se recuperava do sucesso do plano real ,dos primeiros anos do
neoliberalismo e da restruturação produtiva, o movimento manteve suas ações de
ocupação de terras improdutivas e manifestações nas principais cidades do país.
E sofreu por sua ousadia, basta lembrar-se do massacre em Eldorado dos Carajás,Pará, onde 19 sem terras foram assassinados pela polícia.
São inúmeros os exemplos de
acampamentos e assentamentos onde o MST busca soluções alternativas à
sociabilidade do capital, por isso a dificuldade em escolher apenas um exemplo.
O blog traz então o exemplo de uma das bandeiras que o movimento encabeça hoje,
que é a luta contra os agrotóxicos e por uma alimentação mais saúdavel.
Cerca de 2500 marcham em
Maringá e realizam intervenção no Mc Donald's
6 de
junho de 2014
Por Vinicius Carvalho
Da Página do MST
Os 2.500 participantes da 13ª Jornada da
Agroecologia realizaram, nesta quinta-feira (5), a Marcha da Agroecologia e
Alimentos Saudáveis, no centro da cidade de Maringá, no Paraná.
Na ação, que reuniu camponeses e camponesas,
estudantes, professores e pesquisadores de movimentos sociais, além da
população que aderiu à ação, terminou num grande ato na Praça Raposo Tavares.
A marcha teve como objetivo apresentar a Jornada
de Agroecologia para a população e ampliar o diálogo com a sociedade sobre a
importância da produção agroecológica, além de denunciar o modelo do agronegócio
e a enorme quantidade de agrotóxicos e de alimentos transgênicos utilizados por
este setor.
“A marcha cumpre essa interação da Jornada com a sociedade local. É um instrumento que propicia esse diálogo, num contexto de interação entre o campo e a cidade”, afirmou Isabel Diniz, da comissão da Pastoral da Terra (CPT) do Paraná.
“Nessa edição, houve uma maior participação de toda a militância, especialmente da juventude, e uma recepção bastante grande da população”, disse Diego Moreira, da coordenação nacional do MST.
Apresentar a Escola Milton Santos como um espaço
de acúmulo e formação política também foi um objetivo da marcha. Nesse sentido,
a pauta da alimentação saudável, da agricultura familiar, já tem uma resposta
de toda a sociedade, que demonstrou estar preocupada com a questão dos
agrotóxicos e transgênicos.
“A população foi muito receptiva, recebendo a panfletagem que fizemos, os comerciantes pararam pra ouvir o debate, muitos aderiram à marcha”, reflete a militante do MST, Carla Loop, que integra a Brigada de Agitação e Propaganda. “Nós perguntamos se isso é consequência das manifestações do ano passado, porque a população entende a causa dos protestos”, acredita.
Amo muito tudo isso?
Durante a Marcha, foi realizado uma intervenção
simbólica na fachada do Mc Donald's, em crítica ao modelo do agronegócio e ao
uso de agrotóxicos e alimentos transgênicos que a rede representa.
“A denúncia foi feita porque esse espaço vai além de um simples lanche, mas todo um mercado financeiro. O ato tem o objetivo de chamar a atenção para isso”, explica Carla. Na parede da rede, os jovens picharam a frase: “Amo muito tudo isso?”, em tom irônico.
Além da intervenção, foi realizada a panfletagem
de uma edição especial do jornal Brasil de Fato para os transeuntes, e ao final
da marcha, uma batucada e um ato político encerraram a atividade, com falas de
autoridades, dos movimentos sociais e declamação de poesia para a população.
segunda-feira, 9 de junho de 2014
Charge do dia 09/06/2014 - Carlos Latuff e Vitor Teixeira
Essa semana, o blog traz duas charges
sobre o mesmo tema: A Greve dos metroviários de São Paulo. O governo do estadonão quer negociar para não abrir precedente para outras categorias, e em nomedisso tem passado tal qual um tanque de guerra sobre direitos trabalhistas,garantido pela constituição. Não bastasse usar seus lacaios da justiça para
declarar a greve ilegal, utiliza seus cães de guarda para prender e bater nos
trabalhadores. O ultimo ato agora é demitir os trabalhadores que participam da
greve, jogando no lixo o direito de greve.
Por isso declaramos solidariedade aos
trabalhadores do metro. Não é a greve que atrapalha a vida dos trabalhadores,
mas sim as catracas!!!
LUTAR NÃO
É CRIME!!!
TODO APOIO
À GREVE DOS METROVIÁRIOS!!!
ABAIXO ÀS
CATRACAS!!!
As charges de hoje são de Vitor
Teixeira e Carlos Latuff.
quarta-feira, 4 de junho de 2014
Dica cultura da semana 04/06 - Comprar, tirar, comprar de Cosima Dannoritzer
Comprar,
jogar fora, comprar (2011) - 53 min. Dirigido por Cosima Dannoritzer
A indicação de filmes dessa semana aponta o documentário
produzido pela TVE espanhola e que trata da obsolescência planejada (ou
programada). Você já parou para pensar, ou já escutou das pessoas mais velhas,
que os produtos antigamente duravam muito mais tempo do que os atuais. Pois
bem, isso não é algo sem cabimento. A diminuição da vida útil das mercadorias é
um artifício da indústria bastante conveniente a ela, pois que diminui os custos
de sua produção (já que utiliza matéria-prima mais "em conta",
diminuindo também a qualidade possível do produto) ao mesmo tempo em que gera a
necessidade de sua compra constante (afinal, se o produto dura menos e ele se
faz necessário, não resta outra opção ao consumidor do que compra-lo novamente).
A obsolescência programada é uma solução
encontrada para combater as crises de superprodução industriais, necessárias
para a manutenção das taxas de lucro. Afinal, para os industriais continuarem
lucrando, eles precisam fazer com que os trabalhadores produzam cada vez mais
mercadorias. Como essa prática entulha o mercado de produtos, produzi-los com
um tempo de vida útil menor representaria uma forma de estimular o consumo
constante, evitando essa situação. Porém, ela se demonstra como um tiro no pé
de toda a humanidade, já que além de explorar ainda mais o trabalhador em
condições precárias de emprego, ela é responsável por produzir uma quantidade
de lixo e por consumir de maneira desenfreada uma quantidade matérias-primas a
ponto de provocar uma crise ambiental que ameaça a vida em nosso planeta.
terça-feira, 3 de junho de 2014
"Flaskô - A única fábrica sobre controle operário no Brasil"
Quando
se falou do exemplo de auto gestão da fábrica Flaskô, em Sumaré, publicou-se
uma reportagem de três anos atrás sobre a situação da fábrica e a luta diária
dos trabalhadores, para conseguir regularizar a situação da empresa e manter
sua administração ainda sobre o controle operário, agora uma reportagem recente
da revista Carta Capital, traz um panorama atualizado dessa importante
experiência de poder popular em nosso país.
Flaskô, a única fábrica sob
controle operário no Brasil
Há mais
de uma década, indústria em Sumaré (SP) é controlada por trabalhadores, que
precisam pagar a dívida deixada por patrões e querem estatizar a fábrica
por Paloma Rodrigues
— publicado 26/05/2014 04:12, última modificação 26/05/2014 04:55
Foto que acompanha a reportagem, onde localiza-se um dos galpões culturais da fábrica. |
Em Sumaré (SP), região metropolitana de Campinas,
funciona a única fábrica administrada por trabalhadores do Brasil. Ameaçada de
ser fechada em 2003 devido à falência do grupo que a administrava, a Flaskô,
que produz tambores plásticos, seguiu sendo tocada por seus antigos
funcionários e hoje tenta se manter ativa mesmo com as dívidas herdadas da
antiga gestão. A nova batalha é pela estatização da empresa, que tramita no
Senado há mais de dois anos.
Até 2003, o controle da fábrica era da Holding
Brasil (ou apenas HB), um braço da gigante Tigre. O grupo entrou em uma forte
derrocada nos anos 1990, acumulando dívidas e aumentando demissões. “Foram
cerca de 40 empresas que quebraram, graças à abertura econômica e também à má
gestão”, explica o advogado da Flaskô, Alexandre Mandl. “A Cipla e a
Interfribra, em Joinville, e a Flaskô, aqui em Sumaré, retomam a produção e
elas vão ser o tripé do movimento das fábricas ocupadas”, explica ele. Nas duas
fábricas de Santa Catarina, entretanto, um interventor judicial, Rainoldo
Uessler, foi nomeado para assumir o comando das empresas em 2007. A Flaskô
também sofreu intervenção, que cortou a energia da fábrica por 42 dias e fez
boa parte do seu quadro de funcionários buscar outros empregos, mas retomou as
atividades depois do período.
Adélia, de 23 anos, acompanhou todo esse processo
de perto. Filha de funcionários da Flaskô, ela viveu a mudança da gestão dos
patrões para a gestão também comandada por seus pais. “Meu pai e minha mãe
trabalharam aqui, ainda na época patronal. Com o início dos problemas, minha
mãe também foi levada embora na leva de demissões, mas meu pai ficou e já deve
fazer 20 anos que ele trabalha aqui.” Hoje, Adélia é uma das mulheres que
compõe o quadro de funcionários da fabricante de tambores plásticos no setor de
compras e financeiro.
Nos últimos 11 anos, Adélia acompanhou o pai em
todos os atos e passeatas pela estatização da Flaskô. “Eu sempre fui junto às
passeatas em Brasília, que aconteciam todos os anos”, afirma. Há três anos
trabalhando na fábrica, Adélia diz que o trabalho em uma fábrica ocupada é
“totalmente diferente”. “Aqui você não está sob pressão, você faz com
tranquilidade e consegue resolver seus problemas”, diz ela. Mas o preconceito
ainda é grande: “Quando você fala “trabalho em uma fábrica ocupada, sob o
controle dos trabalhadores, as pessoas já falam 'Nossa, mas essa empresa ainda
funciona', 'Ai é falida'. Quando você explica a situação, elas ficam curiosas e
veem que não é bem assim”, conta. “Aqui é como uma empresa normal, só não
tem o patrão, o que é a vantagem”, diz a jovem.
Adélia é uma dos 70 trabalhadores da Flaskô. São
60 homens e 10 mulheres, sem que nenhum tenha o cargo ou se reconheça como
chefia ou “patrão”. O ritmo de trabalho é definido por assembleias, gerais e de
turnos. A jornada de trabalho foi reduzida de 44 para 30 horas semanais, sem
redução de salários; também foi realizado um achatamento da diferença salarial
– as funções mais bem remuneradas passaram a ganhar menos e as pior remuneradas
passaram a ser maiores.
Além dos avanços em relação às leis trabalhistas,
os funcionários também acreditavam que a Flaskô deveria se envolver com a
comunidade em que está inserida. Isso levou à criação da Fábrica de Cultura e
Esportes, que desenvolve diversos eventos e ações culturais: sessões de cinema
semanais, aulas de balé, capoeira, oficina de quadrinhos e uma pista de skate (e
campeonatos regulares que agitam completamente o dia-a-dia da fábrica). Alunos
da Unicamp tocam ainda o Educação para Jovens e Adultos, projeto de extensão
para a comunidade.
No espaço da Fábrica de Cultura e Esportes,
companhias de teatro também realizam ensaios e apresentações. A iniciativa é
importante para manter grupos da região, como pode ser visto no depoimento do
vídeo, produzido pela própria Flaskô, do ator da Honesta Companhia de Teatro.
“Na região de Campinas e Sumaré, nenhum grupo de teatro, cultura e música tem
espaço para sediar suas atividades. E a Flaskô é um dos poucos espaços nessa
região toda que se coloca abrindo as portas oferecendo lugar não só para
ensaio, mas apoios para apresentação de qualquer tipo”, declara o ator.
Mandl, o advogado da fábrica ocupada, explica que
os trabalhos realizados evidenciam o caráter social da Flaskô. “A gente usa
dois galpões da fábrica para projetos culturais, em vez de especular esse
espaço. E, além disso, três quartos da propriedade da fábrica, que poderia ser
utilizada para a geração de lucro, é destinada para uma ocupação de moradia
chamada Vila Operária”, afirma ele.
O terreno foi ocupado em 2005, inicialmente por
cerca de 300 famílias. No momento, Mandl afirma que a ocupação já atingiu o
número de 564 famílias. “Nossa reivindicação parte desse tripé: trabalho,
pela Fábrica de Cultura e Esporte e pelo direito à moradia”.
Dívidas
Apesar das vitórias trabalhistas, a vida dos
funcionários da não é de todo tranquila: a Flaskô sofre a ameaça de fechar a
qualquer momento. Nos últimos 11 anos de ocupação (em 12 de junho a fábrica
completa mais um ano sob gestão operária) foram diversos pedidos de leilões de
máquinas e penhora de bens. A dívida já ultrapassa os 120 milhões de reais.
O imbróglio é grande: os dirigentes da Flaskô
acreditam que a dívida deveria ser cobrada de quem a gerou, ou seja, a antiga
gestão da HB. “Nosso entendimento é que quem criou a dívida que pague”, afirma
Mandl. “Mas o CNPJ da Flaskô é o mesmo, então seguimos responsáveis pelas
dívidas geradas por este CNPJ”, diz. Apesar da gestão operária ser cobrada
pelas dívidas, a propriedade da fábrica não está sob poder dos funcionários.
"Hoje, temos a gestão operária, mas não temos a propriedade, que continua
dos antigos patrões", afirma.
A situação provoca indignação dos novos
administradores da Flaskô. Eles alegam que a gestão patronal ficou 20 anos sem
pagar esses tributos e o sistema tributário não conseguiu cumprir a função de
reaver o dinheiro. "Agora nós temos oficial de justiça na casa de
trabalhadores, querendo penhorar seus bens", diz. Mandl acredita, entretanto,
que a melhor maneira de resolver a questão seria comprometer uma porcentagem
dos rendimentos da fábrica para pagar as dívidas. "Seria semelhante ao
acordo que temos com o Ministério do Trabalho. Hoje, 1% do nosso faturamento
vai pra pagar dívidas dos antigos patrões com os trabalhadores." O
rendimento mensal da Flaskô fica entre 500 e 600 mil reais.
O que os trabalhadores esperam conseguir com a
estatização é o abatimento dos valores dos bens da Flaskô da dívida da fábrica.
Com isso, esperam acabar com o drama representado pelas ameaças de leilões
judiciais. De 2003 para cá, afirma Mandl, foram mais de 200. "Em todos os
leilões levamos uma faixa 'se arrematar, não vai levar', porque existem outras
formas de se resolver isso. E, hoje, a Flaskô não tem condições de perder
nenhuma de suas máquinas, porque se isso acontecer ela vai a falência."
No pátio da fábrica, são seis máquinas que
realizam a confecção dos tambores plásticos. Na gestão da HB eram mais de 40,
que foram sendo retiradas conforme a falência do grupo. No próximo dia 9
de junho, mais uma série de leilões está marcada e os funcionários prometem
realizar um ato de protesto a ação.
Campanha
Para pressionar os senadores a discutirem a
questão da empresa, a Flaskô busca 10 mil assinaturas, para que uma audiência
pública seja convocada para discutir o Projeto de Lei 257/2012. A coleta de assinaturas é feita online. O
pedido do PL é para a Declaração de Interesse Social da empresa, um primeiro
passo para a estatização, ou seja, torná-la uma propriedade do Estado.
O pedido se baseia em uma lei de 1962, que define
os casos de desapropriação por interesse social. O artigo 1º da lei dispõe que
“A desapropriação por interesse social será decretada para promover a justa
distribuição da propriedade ou condicionar o seu uso ao bem estar social”.
O projeto já foi aprovado pela Comissão de
Direitos Humanos do Senado (CDH), em uma audiência pública realizada em 5 de
julho de 2011. De lá, seguiu para a Comissão de Constituição e Justiça, onde
segue parada. A Flaskô espera que, com a desapropriação, a indenização dos
bens móveis e imóveis seja abatida dos impostos devedores, e os trabalhadores
administrando a fábrica por uma forma de concessão.
segunda-feira, 2 de junho de 2014
Charge do dia 02/06/2014 - Vitor Teixeira
Por mais que a história oficial insista em bater na tecla da
imagem de que a história do Brasil é pacífica, de que todas as culturas se
misturaram sem haver luta, ou mesmo que as classes subalternas não resistiram à
processos de espoliação, a realidade concreta pontua exemplos que fogem dessa
ação ideológica, que tenta calcar na classe trabalhadora a imagem de que ela
não deve se revoltar.
Nossa colonização foi um processo violentíssimo de espoliação,
seja a nível local com a escravização dos povos originários, ou mesmo sua
aculturação aos costumes católicos/ibéricos, ou a um nível externo com a
escravização dos africanos. Houve inúmeras revoltas de escravos e povos
originários durante a colonização, assim como grandes greves no período
anterior às greves do ABC em 1978, 1979 e 1980.
Também não é possível dizer que o “gigante acordou” durante as “jornadas
de junho de 2013”, o Movimento dos trabalhadores rurais sem terra, o Movimento
dos trabalhadores sem teto, movimento negro, de mulheres e LGBTT, e para não esquecer
a classe trabalhadora, esteve na rua nesse período “obscuro” entre 1992 e 2013.
E obteve importantes vitórias como barrar a entrada do Brasil na Área de Livre
Comércio das Américas, a ALCA, ou então a privatização da Petrobras. A história
da classe trabalhadora não começa com o PT em 1980, e a história das lutas da
classe subalterna brasileira não começa nas diretas já, ou em junho de 2013.
A charge de hoje é de Vitor Teixeira. Feita após a batalha campal
entre os índios e a polícia do Distrito Federal, por ocasião de um protesto dos
indígenas contra o descaso do Governo do Partido dos Trabalhadores, na ocasião
em que a taça da Copa do Mundo encontrava-se em exposição no Estádio Nacional
Mané Garrincha em Brasília. A mídia fez um barulho enorme do ferimento causado
por uma flecha em um policial, enquanto que o Estado, armado dos aparatos mais
sofisticados não letais (ou letais), revidou de forma muito violenta, tanto que
foi um milagre nenhum dos manifestantes ser ferido de forma mais grave, ou
terminar massacrados que nem a charge retrata.
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