terça-feira, 28 de abril de 2015

1º de Maio: Organizar os trabalhadores para lutar por mais direitos, melhores condições de trabalho e salário. RUMO À GREVE GERAL!




A classe trabalhadora, em escala mundial, vem sofrendo um brutal ataque aos seus direitos e conquistas históricas e degradação das suas condições de vida. O capitalismo, sempre que passa por crises cíclicas, seja por superprodução de mercadorias ou por super-acumulação de capitais, como acontece na atual crise, tenta descarregar seus prejuízos nas costas dos trabalhadores. Para os capitalistas, um cenário de crise também é um cenário de oportunidades para se reestruturar e obter novas vantagens com vistas a realizar maiores lucros.

Em passado recente, o sistema promoveu a reestruturação produtiva introduzindo em diversos setores da economia novas tecnologias e novas formas de gerenciamento, que tiveram duas consequências graves. No caso das novas tecnologias, o resultado mais visível foi o desemprego estrutural, ou seja, postos de trabalhos foram definitivamente extintos. De forma mais sutil, as novas formas de gerenciamento foram ganhando aos poucos os trabalhadores para a cooperação/associação, oferecendo, em troca de maior eficiência, produtividade e alcance de metas, migalhas na "participação" de lucros e resultados. A famigerada PLR, por se tratar de gratificações por desempenho, congela ganhos reais de salários e não contribui para uma aposentadoria digna.

A privatização de estratégicas e lucrativas empresas estatais, ligadas às telecomunicações, distribuição de energia e extração de riquezas minerais, entre tantas, feitas por FHC, Lula e Dilma, estão gerando grandes lucros para os patrões e salgadas contas de serviços públicos, cujos preços reajustados acima da inflação corroem de forma acelerada os salários. O sonho de consumo do setor financeiro é privatizar também os sistemas de saúde, educação e previdência; antes, porém, é preciso transformá-los em sucata. Para isso, os capitalistas contam com apoio, mesmo que disfarçado, de todos os governos por eles financiados, além da colaboração de centrais sindicais, sindicatos e sindicalistas pelegos e governistas. Enquanto esse círculo de privatização não se fecha, os capitalistas vão comendo pelas beiradas com as lucrativas terceirizações, que geram piores serviços públicos, empregos precários e baixos salários. E seguem iludindo a todos com distribuição de cartões de crédito e empréstimos a juros extorsivos, sem, no entanto, distribuir renda.

A bola da vez são os direitos trabalhistas. As leis recentes que envolvem seguro desemprego, abonos, pensões e terceirizações são prova disso. Dilma se elegeu dizendo que não mexeria nos direitos trabalhistas e está fazendo exatamente o contrário, para atender às exigências do empresariado. Se as leis trabalhistas garantem patamares mínimos, a flexibilização destas será para piorar a vida dos trabalhadores. As leis que ainda são mantidas não foram obtidas pelo espírito humanitário dos patrões. Pelo contrário, foram resultado de sacrifícios, inclusive da perda de vidas de camaradas que lutaram por esses direitos. Na história da luta entre as classes, jamais o dominador beneficiou o dominado sem extrair vantagens de dimensões cósmicas.

Neste cenário, em que são cada vez maiores os ataques aos direitos da classe trabalhadora, o caminho a ser percorrido para garantir melhores condições de vida é o da LUTA COLETIVA E ORGANIZADA a partir dos locais de trabalho e moradia. Não dá para depositar esperanças na justiça burguesa/patronal nem nos governos. As batalhas judiciais estão uma a uma sendo perdidas nos tribunais, que invariavelmente decidem a favor do capital e contra os movimentos sindicais combativos, impondo-lhes pesadas multas durante as greves. Por outro lado, os movimentos sociais estão sendo criminalizados. Os trabalhadores necessitam, de forma urgente, expulsar da diretoria dos sindicatos e associações comunitárias os carreiristas-traidores e assumir dentro das organizações da classe as rédeas em direção a mais direitos e ao Poder Popular. Por isso a UNIDADE CLASSISTA mantém a proposta de convocação de um Encontro Nacional da Classe Trabalhadora onde construamos juntos um comando geral representativo da classe.

Os trabalhadores só poderão vencer essa luta se confiarem em suas próprias forças, na sua organização e mobilização. Serão muito importantes as manifestações de rua, mas os palcos decisivos desta batalha serão os chãos de fábrica, os locais de trabalho. Só paralisando a produção – e, portanto, os lucros do capital – é que os patrões sentem a força dos trabalhadores e podem recuar nos projetos de seu interesse. Vamos avançar nas lutas visando à realização de uma ampla GREVE GERAL em defesa de nossos direitos, contra a terceirização e os ajustes fiscais do governo, acumulando forças e condições para a formação de uma frente anticapitalista, tendo como horizonte a construção do Poder Popular, como caminho ao Socialismo.

Não às terceirizações!

Por mais empregos e salário mínimo do DIEESE.

Redução da jornada de trabalho sem redução de salários

Por aposentadoria digna

Forte taxação das grandes fortunas e falsa empresas filantrópicas

Pela reforma agrária

Por serviços públicos gratuitos e de qualidade

Punição exemplar para corruptos e corruptores

Organizar, lutar, vencer! RUMO À GREVE GERAL!

1º de Maio. Viva a luta dos trabalhadores!

Unidade Classista

Partido Comunista Brasileiro

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Solidariedade com a Ocupação do MST em Lucianópolis




“Quando eu morrer
Cansado de guerra
Morro de bem
Com a minha terra”
Chico Buarque
           
Há 19 anos, no Pará, ocorria mais um conflito por terra no Brasil, o resultado foi uma tragédia com a morte de 21 militantes do Movimento Sem Terra em Eldorado dos Carajás. O confronto se deu em uma reintegração de posse, na qual a polícia agiu com a violência habitual, massacrando os trabalhadores rurais, que não haviam cometido nenhum crime, afinal lutavam para que uma terra improdutiva cumprisse sua função social, como prega, a Constituição Federal.
           
O Massacre entrou para a história da questão agrária no Brasil, e a data se tornou um dia de mobilização nacional para aqueles que lutam pela reforma agrária. Pois, desde 1996, tal pauta continua apenas um sonho distante para milhões de brasileiros que vivem no campo.
           
Assim, cerca de 400 militantes do MST aqui da região de Marília, ocuparam uma fazenda em Lucianópolis, a 90 km de Marília, como parte da mobilização nacional do movimento. A área é de propriedade da multinacional Louis Dreyfus Commodities Agroindustrial, ela é voltada para a produção de laranja e recentemente, foi encontrado trabalhadores em situação análoga à escravidão. O Ministério público atuou a empresa em 10 milhões de reais.
           
Assim, o movimento reivindica com ação, que a Constituição Federal em seu artigo 243 seja respeitada, ou seja, que as propriedades rurais na qual é verificado a existência de trabalhadores em condição análoga à escravidão seja destinada à reforma agrária.
           
O Partido Comunista Brasileiro Célula de Marília, se solidariza com a luta dos militantes do MST no resto do Brasil e aqui na região de Marília. A reforma agrária no país é necessária para o país, sua efetivação melhoraria a condição de vida de milhões de trabalhadores rurais, que atualmente vivem situação de escravidão em alguns locais do país. Além disso, a substituição do atual modelo produtivo no campo, o agronegócio, com suas sementes transgênicas e que despeja todos os anos milhões de toneladas de agrotóxicos, que poluem o meio ambiente, por um modelo centrado na produção orgânica, possibilitaria à todos os brasileiros uma melhora na qualidade de alimentação e por consequência, de vida.
           
A reforma agrária, não é uma realidade apenas para o campo, sua efetivação traria transformações também na cidade, por isso a luta por ela é justa e sua defesa necessária por parte dos trabalhadores da cidade.

PARTIDO COMUNISTA BRASILEIRO CÉLULA DE MARÍLIA

POR UMA REFORMA AGRÁRIA POPULAR!!!

CRIAR, CRIAR, PODER POPULAR!!!