segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Charge do dia 08/09/2014 - Criminalização da política: Charge de Vitor Teixeira



Durante os governos do Partido dos Trabalhadores, a fração burguesa proprietária dos meios de comunicação promoveu uma campanha incessante. Mas engana-se quem acha que foi uma campanha voltada ao PT. Foi antes de tudo, uma campanha sofisticada que implicava na criminalização de toda e qualquer atividade política (inclusive a institucional).

            Tal campanha possuía contornos ideológicos muito precisos, por um lado visava afastar setores da classe trabalhadora das lutas políticas, contribuindo junto à uma série grande de outros elementos, como valores pós-modernos e conservadores. E por outro lado visava se impor uma agenda conservadora de tons fascistas. O primeiro resultado pode ser visto nas manifestações de junho de 2013, onde partidos de esquerda e movimentos sociais foram escorraçados por um discurso anti-partidário e anti-político. O segundo resultado aparece no crescimento da figura política de Marina Silva.

            Capitalizando o desgaste do partido dos trabalhadores, a oposição de frações da burguesia, e principalmente um eleitorado embebido em posições conservadores e descrente da atividade política, a candidata do PSB surge como um furacão capaz de vencer o PT. O PT inclusive possui sua parcela de culpa, pois dentro do “pacto” que representou sua eleição pouco fez para ir contra essa criminalização midiática, inclusive utilizando da institucionalidade do poder para cooptar organizações próximas a ele como a CUT e a UNE, ou deixando de lado sua militância, por cabos eleitorais pagos.

            O fenômeno Marina Silva,foi destrinchado pelo candidato à presidência da república pelo PCB, Mauro Iasinesse vídeo da editora Boitempo. A charge de hoje, de Vitor Teixeira é também uma síntese desse fenômeno, onde o capital vibra com a reprodução desse discurso que criminaliza a atividade política, um dos meios pelo qual ele pode ser combatido pela classe trabalhadora.

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