Durante os governos do Partido dos
Trabalhadores, a fração burguesa proprietária dos meios de comunicação promoveu
uma campanha incessante. Mas engana-se quem acha que foi uma campanha voltada
ao PT. Foi antes de tudo, uma campanha sofisticada que implicava na
criminalização de toda e qualquer atividade política (inclusive a
institucional).
Tal
campanha possuía contornos ideológicos muito precisos, por um lado visava
afastar setores da classe trabalhadora das lutas políticas, contribuindo junto
à uma série grande de outros elementos, como valores pós-modernos e
conservadores. E por outro lado visava se impor uma agenda conservadora de tons
fascistas. O primeiro resultado pode ser visto nas manifestações de junho de
2013, onde partidos de esquerda e movimentos sociais foram escorraçados por um
discurso anti-partidário e anti-político. O segundo resultado aparece no
crescimento da figura política de Marina Silva.
Capitalizando
o desgaste do partido dos trabalhadores, a oposição de frações da burguesia, e
principalmente um eleitorado embebido em posições conservadores e descrente da
atividade política, a candidata do PSB surge como um furacão capaz de vencer o
PT. O PT inclusive possui sua parcela de culpa, pois dentro do “pacto” que
representou sua eleição pouco fez para ir contra essa criminalização midiática,
inclusive utilizando da institucionalidade do poder para cooptar organizações
próximas a ele como a CUT e a UNE, ou deixando de lado sua militância, por
cabos eleitorais pagos.
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